sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Resenha - Laranja Mecânica de Anthony Burguess

Olá Desinformados.

Após um longo inverno, voltamos para uma resenha bastante especial. O livro resenhado é o clássico Laranja Mecânica de Anthony Burguess.

Capa:



A capa, uma de muitas disponíveis em várias edições é bem minimalista e chama bastante a atenção, tanto pela cor laranja quanto pelo título grande e estiloso .

SINOPSEClássico eterno da ficção científica, Laranja Mecânica é um verdadeiro marco na história da cultura pop e da literatura distópica. Narrada pelo protagonista, o adolescente Alex, esta brilhante e perturbadora história cria uma sociedade futurista em que a violência atinge proporções gigantescas e provoca uma resposta igualmente agressiva de um governo totalitário.
A estranha linguagem utilizada por Alex, conhecida como Nadsat, merece destaque na obra, criada pelo próprio Burgess, fornece ao romance uma dimensão quase lírica.
A trama, que conta a história da violenta gangue de adolescentes que sai às ruas buscando divertimento de uma maneira um tanto controversa, incita profundas reflexões sobre temas atemporais, como o conceito de liberdade, a violência – seja ela social física ou psicológica – e os limites da relação entre o Estado e o Individuo.


DADOS TÉCNICOS: 2014 (1962), 200 páginas, Editora Aleph, Anthony Burgess

LINKS PARA COMPRA: Laranja Mecânica

RESENHA: É com certa vergonha que me lembro das primeiras menções ao nome Laranja Mecânica em minha infância. Primeiro me lembrava do incrível time de futebol holandês da copa de 74 e depois da excelente adaptação deste livro para o cinema, ó irmãos, como diria nosso narrador Alex.

A curiosidade com essa obra diminuiu um pouco ao descobrir que o livro tem uma linguagem própria criada pelo autor chamada nadsat. As sugestões diziam para não procurar pelo significado das palavras e tentar ler assim mesmo. Consegui em partes.

NADSAT: Essa talvez seja a grande sacada do livro. Narrado em primeira pessoa por Alex, um adolescente, é utilizada uma linguagem criada pelo autor para simular as gírias que grupos desse tipo costumam usar para se comunicar entre si.
Mas a ideia do autor foi provocar no leitor uma sensação única de estranhamento, dificultando propositalmente a compreensão das palavras. 

NÃO DESISTA: Mesmo que as primeiras páginas se mostrem desafiadoras devido à linguagem, o livro vai ficando cada vez mais interessante e parte da diversão acontece quando começamos a tentar decifrar o que é cada palavra.
Superada essa fase a diversão começa.

ULTRAVIOLÊNCIA: Esteja preparado para algumas passagens um tanto fortes. Há brigas entre gangues, espancamentos e até estupro e assassinato. A violência do livro, porém, se justifica para que entendamos como funcionam o mundo e a cabeça de Alex.
E o nosso herói, ó meus irmãos, não passa impune por essa história. Ele passará por momentos bastante difíceis o que deixa alguns leitores felizes com sua juta punição e outros um pouco chateados já que começaram a sentir empatia por ele.

LIVRE ARBÍTRIO: A discussão proposta pelo autor após Alex passar por um procedimento é sobre se o estado tem ou não o direito de retirar das pessoas o seu livre arbítrio, mesmo quando a pessoa é responsável por uma série de crimes hediondos como é o caso de Alex.
É o tipo de assunto difícil de ficar omisso, portanto leia e tire suas próprias conclusões.


CONCLUSÃO: Laranja Mecânica é um grande clássico da ficção científica e merece uma leitura. Merece também uma conferida na excelente adaptação para o cinema.
Leia se você gosta de um desafio, uma história crua em primeira pessoa
Não leia se fica ofendido com histórias violentas ou se não consegue resistir à vontade de procurar todas as palavras no glossário.
Nota 5, é claro!

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Personagens de "O Mistério de Boa Esperança" - Padre Alexandre

Você ainda não leu O mistério de Boa Esperança? Não acredito...  mas se você ainda não leu, junte-se aos que já o fizeram e vamos falar um pouco sobre um personagem interessante dessa história: O padre Alexandre

Boa Esperança da Serra é aquela cidadezinha do interior que vive um momento entre o tradicional e o desenvolvimento.

Exatamente por isso, a cidade vive um contraste entre os jovens que a tomaram para morar devido à proximidade com uma universidade em outra cidade e a população nativa, tradicional e católica.

A igreja tem um papel importante na cidade, pois é onde a informação é passada entre os moradores mais antigos.
Localizada em local privilegiado, é nela que Daniel e Fernando se encontram pela primeira vez na história.

Ultimamente os padres tem sido retratados na ficção quase sempre como vilões. São homens gananciosos, quase sempre utilizando a fé como ferramenta para propósitos muito maiores, normalmente relacionados ao poder e ao dinheiro.

Talvez por isso, criei um padre que foge a esses clichês. Alexandre é um homem ainda jovem, antenado com o mundo moderno e com os jovens, uma pessoa que realmente acredita em sua religião como uma forma de ajudar a comunidade.

Apesar de ser um personagem coadjuvante, ele acaba tendo papel decisivo no desenrolar da história, já que ajuda os protagonistas de diferentes formas, pois é um dos poucos na cidade que acredita realmente neles.

Padre Alexandre também rende passagens engraçadas quando insiste em interromper os garotos a contar a sua história ou quando precisa dar um jeito de mentir apenas dizendo a verdade, uma vez que não pode fugir aos seus princípios.

Se você quer conhecer melhor esse padre "gente boa" basta ler o livro O Mistério de Boa Esperança, uma obra cheia de mistério e aventura.

Mas já vou avisando: Quem começa a leitura não consegue parar até descobrir a solução deste enigma, então prepare a xícara de café porque a noite vai ser longa (e divertida)

Para comprar em versão física autografada:

www.facebook.com/danfolter

Para comprar pela internet:

Livraria Martins Fontes

Para comprar a versão digital:

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Você já leu?
Então deixe a sua opinião para que outros leitores saibam que você gostou.

skoob

Um abraço a todos e boa leitura

Dan Folter

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Dan Folter na Bienal do Rio 2017 - Veja como foi

Estivemos no último domingo na nossa primeira bienal em terras cariocas promovendo O mistério de Boa Esperança.


Foi a oportunidade para rever alguns amigos e fazer outros novos, tietar alguns autores e passar muita vontade de comprar um caminhão de livros.

Aproveitamos os estandes para algumas fotos temáticas:




E claro, recebemos os leitores no stand da Editora Chiado para alguns autógrafos






E, infelizmente, não foi dessa vez que conheci o Neil Gaiman em pessoa...  fica para a próxima!


Gostaria de agradecer imensamente a todos que por ali passaram, prestigiaram ou simplesmente divulgaram, à Editora Chiado por prover toda a estrutura e apoio para o evento e à minha querida esposa Fernanda, que aguentou a dura viagem Limeira-Rio praticamente num bate-volta.

Continuem acompanhando o blog para mais novidades!

Dan Folter